sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Depoimento de Henrique Piñeiro


Aconteceu comigo:


Tínhamos decidido divulgar a inauguração do Centro Cultural, depois de ter conseguido do Secretário da Cultura da época, o saudoso Gianfrancesco Guarnieri, um ofício assinado pela Prefeitura (em papel timbrando da PMSP).

Faríamos cópias do documento e divulgarámos à comunidade do Itaim Paulista, na praça em frente ao Centro Cultural durante a realização de uma Praça Cultural.

Na época coube a mim levar a matriz deste ofício até a gráfica da Igreja Matriz de São Miguel Pta, onde foram rodados milhares de planfletos com a imagem deste ofício, divulgando o dia da inauguração.

Levantei de manhã num belo dia (não sei exatamente que dia da semana) mas aquele era um belo dia, afinal depois de tanta luta dos movimentos culturais, estava em minhas mãos a prova que nos faltava - era a carta na manga - um ofício assinado pela Secretaria Municipal de Cultura assumindo o compromisso de abrir o Centro Cultural, já que haviam nos enrolados por diversas vezes quanto a inauguração.

Estou eu no ponto de ônibus para ir até São Miguel, e embaixo do braço um envelope aberto e dentro dele a matriz deste ofício que divulgaríamos ao Itaim Paulista.

Neste ponto de ônibus havia uma garota (que a Jussara não descubra) que eu conhecia de vista dos eventos que organizávamos.

Tão importante quanto o oficio que eu tinha em mãos, era eu também jogar meu charme a esta garota.

Só que nesta de jogar charme e conversa fora enquanto o ômibus não chegava, o oficio que estava neste envelope, embaixo do meu braço, caiu no meio fio, e parte dele dentro de uma poça d’água.

Pronto, naquele monento vendo parte do texto meio borrado eu achava que aquela matriz a gráfica, eles não conseguiriam criar a chapa de gravação para imprimir os planfletos.

Enquanto eu me encaminhava para a gráfica a meia hora de ônibus que separava o Itaim Paulista de São Miguel Pta., fez passar na minha cabeça se todas as nossas lutas pelo Centro Cultural, todas Praças Culturais organizadas, todas as reuniões do EADEC e CAM e toda a encenação do Gianfrancesco Guarnieri quando nos atendeu em seu Gabinete é nós exigimos algo escrito que a Prefeitura inauguraria o Centro Cultural, eu pensei que acabaria naquela poça d’água.

No fim deu tudo certo, a gráfica conseguiu aproveitar a matriz do ofício, gravar a chapa e conseguimos imprimir milhares de folhetos que foram distribuidos com um alegria tamanha que eu lembro até hoje.

Por isso que eu digo cuidado com que escreve, se houver uma poça d’água no meio do caminho…..risos…..


Henrique


obs: Henrique Piñeiro era membro do EADEC e foi um dos escolhidos para participar da gestão do Centro Cultural

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