segunda-feira, 22 de março de 2010

O que dizem os umbigos














A convite do Johnny John, do Buraco D'Oraculo, participei no último sábado - 20/03/2010, na Casa de Cultura do Itaim Paulista, onde eu não entrava há uns 15 anos, do Sarau "O que falam os Umbigos", que é realizado nos 3ºs sábados de cada mes, por jovens poetas, compositores, músicos, dançarinos, atores e ativistas culturais do bairro.


De cara fiquei impressionado e comovido com a quantidade de jovens artistas das mais diversas linguagens promovendo um espaço democrático de expressão, discussão e reflexão, por meio de suas intervenções artísticas e culturais.


Enquanto assistia às interferencias efetuadas no pequeno palco da casa, a minha imaginação voou para os anos de 1982 a 1985, quando uma intensa mobilização popular liderada por dois movimentos culturais que existiam no bairro, o EADEC - Espaço Aberto Para o Desenvolvimento Cultural, e o CAM - Cultura e Arte em Movimento, conquistou do governo municipal a implantação do Centro Cultural no Itaim Paulista.


Lembro que na noite de 21 de abril de 1985, quando Gianfrancesco Guranieri, que era o Secretário de Cultura do Município na ocasião, discursava inaugurando o Centro Cultural no palco montado em frente à casa, eu estava chorando como uma criança ao seu lado, quase não acreditando que depois de tanta luta, manifestações, abaixo-assinados, idas e vindas aos gabinetes oficiais e distribuições de manifestos à população na saida do trem, nas escolas e de casa em casa, - que depois de tanta luta tínhamos conseguido.


No último sábado, no meio de um poema, essa lembrança me atingiu como um relâmpago. Tamanha emoção que quase não termino poema.

Akira Yamasaki.
22/03/2010
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domingo, 21 de março de 2010

Sarau "O que dizem os umbigos"


















No sábado, 20/03/10 fui a um Sarau na Casa de Cultura após uma ausencia de mais de 20 anos e me emocionei ao descobrir que há uma novíssima geração de artistas – atores, atrizes, poetas, bailarinos, bailarinas, músicos, agitando e mantendo, com muita dignidade e energia, acesa a chama da arte e da cultura.

Sueli Kimura